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Mostrando postagens de outubro, 2025

UMA PARTEIRA DO RIO MADEIRA QUE DEU A VIDA PARA SALVAR SEUS FILHOS

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Maria Parintintin com as crianças na canoa. Quando a exploração da borracha e da castanha se intensificou na Amazônia, centenas de desbravadores e aventureiros penetraram nas áreas mais distantes e inóspitas da região, em busca do ouro negro e de uma estabilidade econômica. Na zona do rio Madeira, no Estado do Amazonas, os exploradores extrativistas e seus empregados tiveram que lidar com a resistência feroz de vários grupos indígenas que não os queriam ali, gerando conflitos e mortes entre exploradores e nativos. Desses indígenas os mais famosos e resistentes eram os "Parintintins”, etnia valente e guerreira que sempre combateu a presença do homem branco em sua área, ainda mais quando os seringalistas armavam expedições de jagunços para invadir suas aldeias e aprisionar os indígenas para trabalharem nos seringais. Os Parintintins, em resposta, invadiam os seringais matando a todos que ali moravam, incendiando os barracos dos trabalhadores e levando suas cabeças decepadas como...

NO RIO MADEIRA,NA PROVÍNCIA DO AMAZONAS, ESCRAVOS ANIQUILAM SEU PATRÃO PARA CONQUISTAR A LIBERDADE, MAS ACABAM SENDO DESCOBERTOS

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Na ilustração, uma representação dos escravos remando numa canoa e sendo comandados por Francisco rumo à um castanhal do rio Madeira. O fato ocorreu durante a década de 1870 na zona do rio Madeira, na então província do Amazonas. Haviam chegado ali na região para explorar castanha e borracha dois irmãos chamados Fonseca e Francisco, que logo se estabeleceram em locais distintos. Fonseca tinha seu seringal no lugar Pupunhas localizado no Médio Madeira, numa ilha do mesmo nome. O local era depósito de embarque da castanha e da borracha vindas dos rios Puruzinho e Ipixuna e que ficava armazenada no paiol aguardando a chegada dos navios a vapor para ser embarcada. Havia ali, além do barracão central, a residência de seu proprietário Fonseca, que era uma casa com uma larga varanda, coberta de telhas portuguesa e móveis finos que oferecia conforto à família do dono. Também tinha no local o campo onde ficava o gado e uma ponte feita de madeira de Itaúba que ligava o barracão à margem do...

EM 1916,EM MANAUS,REVANCHE ENTRE LUTADOR JAPONÊS E ARGENTINO TERMINA EM PANCADARIA

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Imagem do início do século XX, se tem a rua José Clemente na esquina com a rua Barroso, no local onde foi erguido o American Circus. Baseado em pesquisa do ex-judoca amazonense Rildo Heros (o maior pesquisador da história das artes marciais no Norte do Brasil), no dia 4 de novembro de 1916 chegava em Manaus a bordo do navio a vapor "São Salvador”, indo de Belém do Pará, a trupe do "The American Circus”, uma companhia circense composta de 22 artistas de diversas nacionalidades e que se dedicavam às artes cênicas e demais ramos do entretenimento, havendo entre eles trapezistas malabaristas, palhaços e um lutador. O "American Circus“ percorreu vários estados do Sul e Sudeste do Brasil e vinha de uma temporada de sucesso que fez em Belém. O circo era de propriedade dos senhores Henrique Melo e Antônio Fortes, e tinha como principal empresário o senhor Gastão Gracie, pai de Hélio e Carlos Gracie (personagens fundamentais na história do jiu-jitsu brasileiro). Assim que a compa...

EM 1832 AUTONOMISTAS TENTAM,POR CONTA PRÓPRIA,SEPARAR O AMAZONAS DO GRÃO-PARÁ: TROPAS VINDAS DE BELÉM DESTROÇAM OS INSURGENTES

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Vila de Manaus (chamada de Lugar da Barra na época do conflito separatista), 16 anos depois do ocorrido. Em 1755 o capitão português Francisco de Mendonça Furtado(governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão)mandou correspondência da missão de Mariuá(hoje cidade de Barcelos)para o rei de Portugal propondo a criação de um novo governo no sertão amazônico, em sua parte oeste, que fazia fronteira com as colônias espanholas, dizendo que além da necessidade político/econômico da população local, havia a necessidade de manter a soberania de Portugal nesta parte da Amazônia devido a constante ameaça da Espanha que poderia a qualquer momento tomar posse do lugar. Enfim, em 3 de março de 1755,as autoridades portuguesas atenderam o pedido de Mendonça e criaram a Capitania de São José do Rio Negro, embrião do futuro estado do Amazonas, com capital em Mariuá, que foi transformada em Vila. O governo da Capitania era subordinado ao do Grão-Pará, sendo o primeiro governador o coronel Joaquim de Mel...

A FUNDAÇÃO DA PRIMEIRA VILA EM TERRITÓRIO AMAZONENSE: BORBA

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Na ilustração se vê o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado fazendo o discurso de instalação da Vila de Borba, na beira do rio Madeira, e sendo ouvido pelos índios Muras, soldados, membros de sua comitiva e padres jesuítas. Em 1728,no Estado do Grão-Pará e Maranhão, o padre português jesuíta João de Sampaio(considerado naquele tempo como o maior missionário da área do Vale do Madeira)fundava, na margem do rio Madeira, uma missão religiosa chamada de aldeia de Trocano, com a finalidade de catequizar os índios Muras que habitavam as adjacências. Pretendendo irem para um local de clima melhor e também de se livrarem de ataques de índios Muras ainda não catequizados, outros padres jesuítas que faziam atividades missionárias pelo rio Madeira se transferiram definitivamente para a aldeia de Trocano. Mas anos depois, para resolver a questão de limites da Amazônia entre Portugal e Espanha, o rei de Portugal designou o governador do Grão-Pará, o capitão português Francisco de Xavi...