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Mostrando postagens de abril, 2023

EM MANAUS, NO ANO DE 1929, VETERANO DA GUERRA DO PARAGUAI É ENCONTRADO NO BAIRRO DE SÃO RAIMUNDO EM SITUAÇÃO DE PENÚRIA

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Ilustração mostrando um combate dos soldados brasileiros contra o Exército Paraguaio, durante a Guerra do Paraguai. No mês de junho de 1929 os redatores do "Jornal do Commercio", de Manaus, resolveram mandar um repórter seu para o bairro de São Raimundo,com o intuito de fazer uma matéria sobre os principais aspectos do local. E assim o repórter se dirigiu ao local,acompanhado de um morador da área,e visitou moradias,instituições e pontos principais do bairro suburbano. Porém um fato interessante mais lhe chamou atenção. Ao estar caminhando pela rua 5 de Setembro soube que um ex-soldado do exército imperial brasileiro,e que participou do famoso conflito do Paraguai,vivia numa das casas da rua. Surpreendido pela notícia,resolveu o repórter ir fazer uma visita ao anônimo personagem. A Guerra do Paraguai (1864-1870),foi o maior conflito bélico que houve na América do Sul, onde Brasil,Argentina e Uruguai se uniram contra o Paraguai, que saiu derrotado e praticamente destru

AS VÍTIMAS DO BOMBARDEIO DE MANAUS EM 1910

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Já é de conhecimento na história do local sobre o bombardeio que a cidade de Manaus sofreu no dia 8 de outubro de 1910, por questões políticas envolvendo o Vice- governador do Amazonas, Antônio Sá Peixoto, e o governador Antônio Bittencourt, que foi deposto pelo vice-governador (mas depois Bittencourt reassumiria o cargo). O bar "Casa de Schopps", em Manaus no ano de 1910, meses antes do bombardeio que sofreu a capital Amazonense. O bombardeio foi o único que a capital do Amazonas sofreu na sua história, que começou às 5 e meia da manhã e se encerrou às 17 horas. Vários prédios foram bombardeados pelos navios da flotilha do Amazonas estacionados no Rio Negro, enquanto a força Federal, composta de soldados da Marinha e do Exército, enfrentavam nas ruas os  soldados da Polícia Militar, que protegiam o governador e o Palácio do Governo, havendo 4 mortes entre os militares. A população, em pânico, fugia para as partes mais afastadas da cidade. Mas mesmo assim houve registro de ví

EM 1869, NA REGIÃO DO RIO PURUS, NA PROVÍNCIA DO AMAZONAS, ATAQUE DE INDÍGENAS A UM SERINGAL DESENCADEIA UMA EXPEDIÇÃO MILITAR ARMADA PARA EXTERMINÁ -LOS

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  Ilustração da moradia de um seringueiro, em 1868, na margem de um rio da Província do Amazonas. No século XIX, ainda no período monárquico e com o começo do aumento da produção de borracha na região amazônica, se teve a necessidade de desbravar e explorar locais onde haviam grande concentração de seringueiras, e um desses locais era a área do rio Purus, na então Província do Amazonas. Sendo assim comerciantes, aventureiros e trabalhadores para lá se dirigiram, instalando ali seus seringais e começando a exploração do látex. Entre os pioneiros desbravadores do Purus estavam o comendador cearense João Gabriel de Carvalho Mello (explorador e colonizador do Acre), o coronel maranhense Antônio Pereira Labre (fundador da cidade de Lábrea) e o cafuzo Manoel Urbano (fundador da cidade de Canutama). Mas também viviam ali diversas etnias indígenas que muitas vezes eram contrárias à presença dos exploradores e seringueiros em sua zona, o que acabou gerando muitos conflitos e mortes de indígenas

A CIDADE PERDIDA NA REGIÃO DO RIO JAPURÁ, NO AMAZONAS

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Quando estava na cidade de Tefé, no Estado do Amazonas, em 1928,o poeta e escritor Mavignier de Castro conheceu o senhor Eutíquio Izel Rodrigues que anos depois viria a falecer em Manaus. Ao fazer amizade e conversar com o renomado escritor, Eutíquio lhe contou um fato interessante no qual ele disse ter participado, junto com outros trabalhadores, de uma descoberta misteriosa no meio da selva amazônica. O fato foi relatado pelo homem da seguinte maneira: Em um dia, do ano de 1916, Eutíquio Rodrigues tripulou uma igarité com 5 remadores, dispostos a explorar um dos fartos castanhais situados nas ribanceiras de um igarapé no Alto Rio Japurá, num local distante de onde estavam. Ilustração de uma cidade perdida em algum ponto do Brasil. Eles então partiram em sua canoa, levando entre eles um negro conhecido como "Mandapolão",que era um hábil mateiro,mas que desconhecia aquelas distantes paragens inexploradas para onde eles iriam se dirigir. Movidos pela necessidade,ambição

UM FAMOSO ESCÂNDALO, EM 1915, NUMA NOITE BOÊMIA DA MANAUS ANTIGA - A PANCADARIA NA PENSÃO FLOREAUX

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No início do século XX a cidade de Manaus, embalada pelo fastígio econômico da exportação da borracha, usufruía de várias casas e clubes de diversões,muitas delas frequentadas por jovens e famílias de destaque no meio social local. Mas entre essas casas havia aquelas dedicadas à clientela boêmia e aos notívagos da cidade, onde se esbaldavam ali na bebida, danças e aos braços de suas prostitutas preferidas: eram os bordéis, ou casas de tolerância, frequentadas por prostitutas das mais diversas origens e  por homens de todas as classes sociais. Destas a mais célebre da época foi a badalada "Pensão da Mulata",de propriedade da cafetina Ana Maria da Conceição, e que funcionou de 1902 a 1908,sendo depois fechada devido aos  inúmeros conflitos que ali tiveram.  À esquerda está a foto de Thaumaturgo Vaz, um dos envolvidos no conflito. À direita está a ilustração de Chiquinha Mussuã, a dona da pensão Floreaux. A ORIGEM DA PENSÃO Mas logo depois Manaus via surgir um outro estabe

MEMÓRIA DO CESTOBOL BARÉ - ARANHA, O ETERNO CRAQUE QUE FEZ HISTÓRIA NAS QUADRAS DE BASQUETE DO AMAZONAS

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Considerado como o maior jogador de basquetebol da história do Amazonas, Walcymar Moura, o popular "Aranha", gravou seu nome para sempre na história do esporte manauara e amazonense, se consolidando como uma lenda do Basquetebol local. Walcymar Souza Aleixo Moura nasceu em Manaus, na Santa Casa de Misericórdia, no dia 18 de agosto de 1957. Nos seus primeiros 8 anos de vida residia na Rua Leonardo Malcher, no centro da cidade, entre as Ruas Tapajós e Ferreira Pena. Já aos 9 anos Walcimar passou a morar na Rua Monsenhor Coutinho, no Bairro de Aparecida, próximo à sede do Atlético Rio Negro Clube, ficando nesse endereço até o ano de 1984.Ainda criança estudava no Colégio Princesa Izabel, onde passou a jogar futebol tanto no colégio como nas peladas de rua próximo à sua casa, na posição de goleiro. Devido suas boas pegadas no gol, passou a ser chamado de "aranha" por seus colegas, em alusão ao goleiro Clóvis, do Rio Negro, que era conhecido como "aranha negra

O CHOQUE, EM 1870, ENTRE O "PURUS" E O "ARARY" - O PRIMEIRO GRANDE ACIDENTE FLUVIAL DA HISTÓRIA DA AMAZÔNIA

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 A navegação a vapor foi introduzida na região amazônica no século XIX através da Companhia de navegação e comércio do Amazonas, que foi fundada por Irineu Evangelista, o Barão de Mauá.Com isso foi realizada a primeira viagem de um navio a vapor na região quando o "Marajó" saiu do porto de Belém no dia 1⁰ de janeiro de 1853, levando cargas e passageiros, chegando à Manaus no dia 11 do mesmo mês e sendo recebido com entusiasmo e alegria pela população. Uma nova era da história da navegação tinha início no norte do Brasil com a comunicação e locomoção de pessoas das províncias do Pará e Amazonas sendo mais facilitadas. Nos anos seguintes, mais barcos a vapor chegavam à região e mais linhas eram inauguradas. Mas, alguns anos depois daquela viagem inaugural, aconteceu no Amazonas um triste fato, quando dois grandes navios protagonizaram o primeiro acidente de grande proporções, até então, acontecido nas águas dos rios da Amazônia e que teve repercussão geral, cujo acidente te