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Mostrando postagens de 2025

REMINISCÊNCIA DA ZONA SUL DE MANAUS - UM ANTIGO COMERCIANTE BERADEIRO

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A foto, de 1967, mostra o comerciante Antônio Vieira, de óculos à esquerda, em seu estabelecimento comercial, a "CASA VIEIRA". Vindo do interior do Amazonas (da zona rural de Manacapuru onde nasceu em 1917), Antônio Vieira inaugurou sua casa comercial em 1953, no limite entre os bairros da Colônia Oliveira Machado e Educandos, em Manaus, próximo à feira da Panair situada na margem do rio Negro. Com o tempo a Casa Vieira cresceu em importância se tornando nas décadas de 1950 a 1970, junto com a "Casa Suburbana “, nos principais comércios dos bairros de Educandos, Colônia Oliveira Machado, Santa Luzia e demais locais da zona sul de Manaus. Possuindo para venda vários e todo tipo de produtos de estivas, as mercadorias do estabelecimento eram importadas sendo que ele também abastecia algumas tabernas da periferia da cidade. Era um comércio bem conhecido e movimentado, sortido e com muitos frequentadores, cujo maior número de fregueses eram de empregados da serraria Perei...

OS PRIMÓRDIOS DO FUTEBOL NO ACRE (1914 - 1922) - UM ESBOÇO DO INÍCIO DO ESPORTE BRETÃO EM TERRAS DO NORTE

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Na imagem de cima se tem um dos primeiros mapas do Acre, feito em 1907, poucos anos depois de o território ser incorporado ao Brasil. Na imagem de baixo, da década 1920, se tem a primeira foto conhecida da equipe do Rio Branco Football Club.  Antes um território pertencente à Bolívia, o Acre passou para domínio brasileiro em 1903 através de acordo diplomático entre os dois países, onde os interesses do Brasil sobre o Acre foram defendidos pelo Barão do Rio Branco, após anos de conflito armado entre forças brasileira e o exército boliviano. Com sua população em maioria formada por migrantes nordestinos que ali chegaram para trabalhar na extração da borracha, o Acre se tornou, no início do século XX, um dos principais produtores de borracha do Brasil e do mundo. Na área do lazer e entretenimento a sociedade acreana começou a se interessar pelas práticas esportivas e as primeiras foram o turfe, tiro esportivo e ciclismo. Porém, foi um esporte de origem inglesa que realmente conq...

LIBERTADOR x INDEPENDÊNCIA: UMA ANTIGA E ESQUECIDA RIVALIDADE DA HISTÓRIA DO FUTEBOL AMAZONENSE

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Durante a década de 1920 o encontro entre as equipes do Rio Negro e Nacional já estava consolidado como a principal e maior rivalidade do esporte bretão na terra de Ajuricaba e que se tornaria também o maior clássico da história do futebol no Amazonas, pois ambos os clubes já naquela época possuíam as maiores torcidas e os melhores jogadores do estado, além de conquistarem o maior número de títulos no campeonato estadual e em torneios. Porém durante os anos de 1925 a 1931 existiu em Manaus um outro clássico menor do futebol amador amazonense que, mesmo estando à sombra do "Rio-Nal”, então o mais importante encontro do pebolismo baré, não deixava por menos em termos de rivalidade e paixão, e que por algumas vezes terminou em conflito. Esse duelo, que foi marcado por episódios de muitas provocações de ambos os lados, foi protagonizado entre as equipes do Independência e do Libertador. O motivo principal e que acendeu a chama da competitividade e rivalidade ferrenha entre eles ...

NO AMAZONAS, É REVELADA A DENÚNCIA DE ABANDONO DE POSTO DE FRONTEIRA PELAS AUTORIDADES E DE SOLDADOS ALI ESQUECIDOS E PASSANDO NECESSIDADES

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Em novembro de 1919 chegava à Manaus um cavalheiro proveniente da região do Alto Rio Negro que logo procurou o principal órgão de imprensa do Amazonas para denunciar o descaso que se encontrava o posto de fronteira guarnecido pelo exército brasileiro na localidade de Cucuí, na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela. Cucuí era um local bem remoto do Amazonas, distante há dias de viagem da capital Manaus, só se chegando ali de barco após passar por perigosas corredeiras e que tinha sido no passado um local para onde iam os exilados políticos que o governo brasileiro para lá mandava ficando ali eles isolados de tudo, como exemplo o célebre abolicionista José do Patrocínio que foi deportado para Cucuí em 1895,durante o governo de Floriano Peixoto(porém ele chegou até Santa Izabel).No período colonial os portugueses ali construíram, em 1763,o Forte de São José de Marabitanas para garantir os domínios daquela parte da Amazônia, por parte da coroa portuguesa, das pretensões...

BERNARDO SENA: O EX-ESCRAVO QUE LIDEROU A INVASÃO DOS CABANOS AO AMAZONAS E SE TORNOU GOVERNANTE DE MANAUS

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A Cabanagem, maior revolução popular que houve na história da Amazônia e do Brasil, começou oficialmente em 7 de janeiro de 1835, quando os cabanos invadem a capital da província do Grão-Pará, Belém, assassinam autoridades e assumem o poder. Eram em sua maioria caboclos, negros, índios e tapuias que queriam instalar um governo popular formado por brasileiros legítimos e expulsar os portugueses e seus aliados do poder que acusavam de serem corruptos, escravagistas e opressores. O movimento chegou a contar também, no início, com a participação de alguns membros da elite que estavam descontentes com o governo da província. Daí em diante a rebelião se espalha pelas demais localidades próximas de Belém e do interior paraense. A região oeste do Pará, na época chamada de Comarca do Baixo Amazonas, também foi palco de conflitos sangrentos entre cabanos e forças legalistas. Ali o principal líder cabano era Apolinário Maparajuba e existia uma bem localizada e armada fortaleza cabana chamada Icui...